Profissão Motogirl
- admin
- 15/07/2021
Com a pandemia e a necessidade de fechamento do comércio para a prevenção à Covid-19, a demanda por serviços de delivery cresceu e se tornou uma opção para as pessoas que perderam ou tiveram a renda reduzida. Em uma área majoritariamente masculina, as mulheres representam 25% do total de motociclistas no estado de São Paulo e buscam seu espaço enfrentando desafios diários sobre duas rodas.
A rotina das motogirls é bem puxada e os desafios são grandes. Muitas trabalham das 10h às 22h, com a média de 40 entregas no mesmo dia, a maioria diz que apesar da rotina pesada o que compensa é o motofrete que ajuda muitas a complementar a renda.
A Falta de respeito no trânsito torna esta profissão mais complicada, mas elas entendem que é um trabalho importante principalmente neste período de pandemia. E se sentem mais aliviadas que haja mais mulheres dirigindo por acreditarem serem mais cautelosas, principalmente no corredor, o que faz um trânsito melhor.
Vale destacar que um levantamento feito no ano passado pelo Infosiga SP, banco de dados do Programa Respeito à Vida gerenciado pelo Detran/SP, apontou que somente 6,3% dos casos de acidentes de trânsito envolvem mulheres na direção (todos os modais). Esse é um percentual 16 vezes menor do que o número de acidentes com homens ao volante.
As condutoras do sexo feminino representam 40% dos motoristas de todo o Estado, um total de cerca de 26 milhões de condutores. De janeiro de 2016 a janeiro de 2021, 407 motofretistas homens perderam a vida no Estado. Enquanto entre mulheres motofretistas três óbitos envolvendo acidentes foram registrados.
No país, o número de mulheres motociclistas cresceu 96% em nove anos. Os dados são do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), analisados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares). Até novembro do ano passado eram 7,8 milhões, enquanto em 2011 elas somavam 4 milhões de carteiras de habilitação na categoria A.